terça-feira, 25 de março de 2008

Tempo

Naquele instante todo o cosmos colapsa
Dentro de mim.

Estrelas nascem e morrem. Sou devorado,
Pela velocidade,
No espaço mínimo do absoluto,
De um deus sem idade.

Tempo,
Não é mais que a fatigante espera
Por um futuro que, de previsto,
Se assemelha às reminiscências do passado,
Ao antigo, ainda mais do que ao presente.

O instante perde-se.
Deixo-o perder-se.
Quero que se perca
Para dele sentir saudade.